Renato Pinto (GEAF/UFPE)[1]
Pedro Henrique Pedrosa de Melo (GEAF/UFPE)[2]
Às vésperas de completar 65 anos, Asterix se mantém como o “maior ícone francês da cultura popular” (MILLER, 2007 apud VIEIRA, 2021, p. 29), um fenômeno inquestionável na França e em todo o mundo. A série de histórias em quadrinhos criada pelos franceses René Goscinny e Albert Uderzo no final da década de 1950 acumula até o presente momento traduções em mais de cem idiomas, e uma impressionante marca de 400 milhões de exemplares vendidos em toda sua história (CAMPUS FRANCE BRASIL, 2024). Para efeito de comparação, com o lançamento em outubro de 2023 do quadragésimo e mais recente volume L’Iris blanc, que não conta com a autoria de nenhum dos seus dois já falecidos criadores, Asterix atingiu a marca de livro mais vendido da França, com 1,59 milhões de exemplares em apenas dois meses (GFK, 2023).
O seu impacto na identidade cultural francesa ainda é tão presente que o primeiro rover desenvolvido na França, com o propósito de recolher amostras em uma das luas de Marte no ano de 2027, foi nomeado IDEFIX em homenagem ao pequeno personagem canino da série, mascote de Obelix. Porém, essa não será a primeira vez que veremos gauleses no espaço, já que em 1965 a França lançou seu primeiro satélite na órbita terrestre, o Astérix (CAMPUS FRANCE BRASIL, 2024; KESSLER, 1995).
Desde o seu surgimento em 29 de outubro de 1959, a série de histórias em quadrinhos foi um sucesso imediato no país de origem. Segundo Mary Beard, um censo de 1969 estimou que cerca de dois terços da população francesa à época já haviam lido um ou mais volumes de Asterix (2013 apud VIEIRA, 2021; KING, 1989). Em conformidade, uma pesquisa de 1985 indicou que 86% dos franceses sabiam ao menos quem era o personagem (DANDRIDGE, 2008 apud VIEIRA, 2021).
Tendo isso em mente, nos cabe então refletir acerca do contexto que levou Goscinny e Uderzo a escolherem ambientar suas histórias e personagens na Gália do século I AEC. Nesse sentido, a produção de quadrinhos europeus no pós-Segunda Guerra buscava fomentar o mercado interno, se distanciando cada vez mais do modelo dos comics estadunidenses. Esse movimento abriu espaço para a produção local e o surgimento de estilos artísticos únicos, como a expoente Ligne Claire de Hergé (criador do personagem Tintim) que se tornou um sucesso em toda a Europa e colocaria os quadrinhos franco-belgas, e europeus, no radar do mercado internacional (MAZUR; DANNER, 2014 apud VIEIRA, 2021).
É por meio dessa abertura que a recém-criada revista Pilote encarregará os jovens franceses René Goscinny (Roteiro) e Albert Uderzo (Arte), ambos influenciados pelo estilo de Hergé, de criarem uma história em quadrinhos para a sua edição de estreia (DANDRIDGE, 2008 apud VIEIRA, 2021). Uma das filosofias da revista era de que a França poderia criar seus próprios heróis populares, ao invés de depender de países como os Estados Unidos (KESSLER, 1995). Alinhados com essa ideia, os quadrinistas produziam uma história inspirada em uma fábula medieval muito conhecida do público francês, Le Roman de Renart, protagonizada pela raposa antropomorfizada Renart. Porém, com menos de dois meses para o lançamento da revista, descobriram que aquela ideia já havia sido desenvolvida por outro artista (KESSLER, 1995).
Na urgência por uma nova inspiração, Uderzo e Goscinny buscaram por referências em diversos períodos históricos, porém ao chegarem no período gaulês perceberam rapidamente o seu potencial cômico, não pelo período histórico em si, mas pela forma com que foi ensinado e compreendido durante as aulas de história nas escolas francesas durante a Terceira República (1870-1940). Segundo Kessler, “para os franceses, a frase ‘nossos ancestrais, os gauleses’, e a imagem de Vercingetórix colocando suas armas aos pés de [Júlio] César, são tão familiares quanto 1066 para os britânicos” (1995, p. 15, tradução nossa)[3] [4]. Esse período, além de bastante popular entre a classe média francesa, público-alvo da Pilote, também trazia o apelo cultural de um mito nacional gaulês (DANDRIDGE, 2008 apud VIEIRA, 2021; KESSLER, 1995).
A Gália e seus habitantes permeiam o imaginário social francês há alguns séculos, sendo comumente evocados em momentos de instabilidade como um elemento de unificação nacional, por meio de uma tradição inventada de ancestralidade gaulesa da França (VIEIRA, 2021). Segundo Glaydson da Silva, “essas memórias construídas e dadas a ler em forma de História têm […] uma estreita relação com a ideia de destino e de missão, do país e do povo” (2007, p. 57). Além disso, essa suposta ancestralidade gaulesa também está presente nas esferas mais cotidianas da sociedade francesa, sendo explorada de forma contumaz pelos meios publicitários na busca de uma valorização dos mais diversos produtos, como “os queijos Camembert Galus e Le Vieux Druide, os cigarros Gauloise, a cerveja Korma, o conhaque Aubinaud etc.” (SILVA, 2007, p. 61).
No entanto, Suzanne Citron argumentará que sequer há uma memória gaulesa, já que “a palavra e a noção foram transmitidas pelos romanos” (apud SILVA, 2007, p. 62), não havendo nenhum registro de que as sociedades que habitavam a região tenham nomeado em algum momento seu território como Gália, ou a si mesmos como gauleses (apud SILVA, 2007), muito pelo contrário. Porém, por se tratarem de culturas com escasso registro escrito preservado, pouco sabemos acerca da sua autodeterminação senão por fontes greco-romanas[5].
Apesar disso, a França pautará sua identidade nacional em torno desse discurso mitológico gaulês de fundação, um ideal de identidade coletiva (BACZKO, 1980 apud SILVA, 2007). Buscará, dessa forma, por meio do passado, apaziguar os traumas e as inseguranças da sociedade francesa em diversos períodos históricos.
Com isso em mente, e com o fito de refletir acerca de como tal Antiguidade foi interpretada no imaginário social francês durante a primeira metade do século XX, em especial pelos criadores da série de histórias em quadrinhos em questão, reflexão essa também suscitada por outros pesquisadores (KING, 1989; SIMONAIO, 2016; VIEIRA, 2021), observaremos os usos (e abusos) políticos, dentre apropriações e ressignificações, aos quais o passado gaulês esteve exposto por séculos.
No século XVIII, os historiadores buscaram justificar os privilégios do Antigo Regime a partir da concepção de que a aristocracia francesa seria descendente dos nobres francos, enquanto o Terceiro Estado lhes devia submissão, pois seus ancestrais, gauleses e galo-romanos, foram subjugados no século V por Clóvis, rei dos francos. Porém, com as lutas antiabsolutistas e a consequente Revolução Francesa de 1789, o argumento toma outro viés, e o que antes era um instrumento de manutenção do status quo, acaba por se tornar um símbolo revolucionário e republicano, onde os gauleses são uma representação do próprio povo. A partir desse momento, os gauleses e a Gália se tornarão um foco do interesse nacional, em contraposição ao declínio dos francos e romanos, de onde a aristocracia e todo o privilégio provinham. Por fim, o mito franco foi substituído pelo mito gaulês no discurso identitário francês (KING, 1989; SILVA, 2007; VIEIRA, 2021).
Do final do século XVIII à segunda metade do século XIX, a França passaria ainda por inúmeros imbróglios políticos, dentre repúblicas, impérios, monarquias e revoluções. Porém, será durante o Segundo Império Francês (1852-1870), sob domínio de Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, que os gauleses retornarão aos jogos de interesse político do presente.
Grande admirador de Júlio César, Napoleão III inspirou sua doutrina política no imperialismo cesarista, chegando até mesmo a escrever uma biografia do ditador romano, Histoire de Jules César. Tal admiração o levou a ordenar escavações, na década de 1860, em locais de grande importância para a campanha de César na Gália (Alésia, Gergóvia e Bibracte), embasando-se no conteúdo do já citado De Bello Gallico. Porém, o sítio de Alésia irá atrair mais sua atenção, tanto pela disputa entre Alise-Sainte-Reine e Alaise como o lugar correto do evento histórico, quanto pelas detalhadas descrições que César fez sobre o cerco de 52 AEC, a importante batalha que definiria a derrota gaulesa aos romanos, com a rendição e captura de Vercingetórix (KING, 1989; SILVA, 2007; VIEIRA, 2021).
No entanto, apesar de francês, Napoleão III não nutria interesse algum na história dos gauleses, como demonstra o exemplo da suposta Alésia (Alise-Sainte-Reine), onde todas as escavações feitas estavam dedicadas a encontrar os trabalhos de cerco de César, ignorando a colina onde a fortificação gaulesa se defendeu dos romanos (KING, 1989). Soma-se a isso o fator que Laurent Olivier pontua, de que até meados da década de 1860, não se sabia nada da cultura material dos povos gauleses que viveram no período da Guerra das Gálias (58 – 52 AEC). Segundo ele, esse apagamento ocorreu em grande parte por causa da forma com que as fontes clássicas greco-romanas representaram os gauleses. Em suma,
quando Napoleão III encarregou estudiosos da Commission de la Topographie des Gaules com a tarefa de procurar por vestígios materiais da conquista da Gália, não se sabia nada dos ritos funerários ou habitações dos povos gauleses. Não se sabia nem mesmo como suas cerâmicas, armamentos e joias deveriam parecer. A arqueologia dos gauleses era, nesse ponto, unicamente domínio da numismática. O passado pré-romano dos gauleses tinha sido reconstruído em sua essência por meio das fontes clássicas (2019, p. 384-385, tradução nossa).
Ao término das escavações em Alise-Sainte-Reine em 1865, Napoleão III ergueu uma enorme estátua comemorativa, porém, contrariando todas as expectativas, o homenageado não foi César, e sim o líder gaulês Vercingetórix. A gigantesca estátua representava o imaginário que o Segundo Império tinha dos gauleses até o momento, com exceção do rosto, que se assemelhava ao do próprio Napoleão III. Apesar de parecer uma escolha contraditória, representa de certa forma um dilema que o imperador teve que enfrentar, pois por maior que fosse sua admiração a Júlio César, homenagear o algoz de um herói nacional étnico não seria favorável à sua imagem, e nem ao clima de instabilidade que permeava a França do século XIX. Sendo assim, ao erguer uma estátua de Vercingetórix, Napoleão III construiu sua própria imagem como a de um líder que luta pelo povo, interessado na unidade nacional (KING, 1989; SILVA, 2007; VIEIRA, 2021). Nesse sentido,
a estátua de Vercingetórix tornou-se a “pedra angular” para que, no decorrer do século XIX, mais especificamente na Terceira República, o líder arverno fosse considerado elemento essencial para o sentimento de nação, ou seja, elemento essencial na criação de um imaginário social (VIEIRA, 2021, p. 33).
Já no século XX, durante a Segunda Guerra Mundial, a França de Vichy (1940-1944) terá um grande impacto no imaginário de descendência gaulesa, e apesar do curto espaço de tempo, esse período deixará marcas profundas e traumáticas na História do país e na construção da sua identidade nacional no decorrer do século (SILVA, 2007).
A derrota militar para a Alemanha nazista em 1940 levou o governo francês a assinar um armistício com as autoridades do Terceiro Reich, e apesar das duras críticas da oposição, foi oficializada a ocupação alemã da França, dividindo-se assim o território entre a zona ocupada (norte), e a zona “livre” (sul). Com Paris sob controle alemão, a sede do governo francês precisou ser transferida para a cidade de Vichy ao sul, e sob a tutela do veterano Marechal Phillippe Pétain, o Regime de Vichy atuou de forma colaboracionista com o Terceiro Reich e o Eixo durante toda a guerra, até a retomada da França pelos Aliados e pela Resistência Francesa em 1944 (SILVA, 2007).
Tendo isso em mente, durante Vichy demonstra-se mais uma vez que “é no presente que o passado se define” (KNAUSS, 2012, p. 146) e que esse passado “pode ser aproveitado para quase tudo que se queira fazer no presente” (MACMILLAN, 2010 apud KNAUSS, 2012, p. 153). Pois o governo de Pétain buscará de todas as maneiras legitimar as ações de colaboração, e justificar a derrota militar e posterior dominação nazista, por meio de um resgate do passado gaulês na memória nacional, se apropriando de todo patrimônio histórico e cultural relacionado à Gália e aos gauleses para seus fins políticos. Contudo, o discurso que Vichy utilizará na sua propaganda se apresenta dúbio, pois ao mesmo tempo em que apela à unidade nacional na glorificação do passado gaulês e da sua heroica luta contra César, também reconhece em Roma um mal necessário, superior e civilizado, que seria capaz de trazer ordem à barbárie, reunindo o melhor dos dois mundos na figura do galo-romano, um protótipo do francês ideal, associando assim a rendição de Vercingetórix a Júlio César com a derrota francesa para os alemães em 1940, ambas em prol de um bem maior (POMIAN, 1997; OLIVIER, 1998 apud SILVA, 2007). Como pontua Olivier ao afirmar que,
o passado gaulês e a Arqueologia, de maneira geral, ocupam, então, um lugar importante nessa nova ideologia, que assimila a derrota dos gauleses diante de César àquela dos franceses diante de Hitler e compara a assimilação bem-sucedida da Gália no Império romano àquela da França em uma “nova Europa” dominada pela Alemanha nazista (1998 apud SILVA, 2007, p. 115).
Porém, será principalmente por meio do sistema educacional francês da Terceira República e do Regime de Vichy que o mito de descendência gaulesa será perpetuado e difundido na França da primeira metade do século XX. A escola apresenta-se dessa forma como um espaço fecundo e fundamental para a formação de uma identidade nacional, e no caso de Vichy, até de legitimação ideológica para os mais nefastos fins (SILVA, 2007). Expressões como a clássica “nossos ancestrais, os gauleses”[6], oriundas do século XIX, serão espelhadas nos livros didáticos do século posterior (VIEIRA, 2021), assim como a “mitologia dos heróis nacionais, reproduzida pela máquina educativa republicana desde 1871” (BUCHSENSCHUTZ, 1997 apud SILVA, 2007, p. 101), da qual Vercingetórix faz parte. Nesse sentido, “o ensino fundamental gratuito e obrigatório francês foi o principal vetor para a difusão dos gauleses e de Vercingetórix como a principal representação da identidade nacional francesa” (AMALVI, 1984 apud VIEIRA, 2021, p. 290).
Observa-se então, que esse contexto educacional ancorado nos ideais republicanos e liberais do século XIX, será um dos maiores responsáveis por fomentar o mito gaulês no imaginário social francês até meados do século XX, quando o próprio Asterix paulatinamente tomará para si essa função (KING, 1989; SILVA, 2007). Soma-se a esse fator o desinteresse da arqueologia francesa em escavar a Idade do Ferro durante o século XX, abrindo ainda mais espaço para que as visões do século XIX sobre a Gália e os gauleses permeassem a imaginação dos franceses. Portanto, é nessa fonte que René Goscinny e Albert Uderzo irão buscar inspiração para sua história, Asterix se apresenta então como um pastiche, uma amálgama das visões apropriadas e ressignificadas pela França desse passado gaulês no decorrer dos séculos, tornando-se a partir do momento da sua criação um vetor de popularização desse discurso, dessa vez não só para a França, mas para todo o mundo (KING, 1989). Afinal de contas, como diria Roger Pol-Droit, “de Renascença em Renascença a Europa inventou todas as sortes de Antiguidade” (1991 apud SILVA, 2007, p. 28).
Referências
65 anos de Asterix, o Gaulês: um fenômeno na França e no mundo. Campus France Brasil, 2024. Disponível em: https://www.bresil.campusfrance.org/65-anos-de-asterix. Acesso em: 07 de abril de 2024.
CAESAR, Julius et al. The Landmark Julius Caesar: The Complete Works: Gallic War, Civil War, Alexandrian War, African War, and Spanish War. First edition. New York, Pantheon Books, 2017.
CUNLIFFE, Barry. The Ancient Celts. United Kingdom: Oxford University Press, 2018.
KESSLER, Peter. The Complete Guide to Asterix. Chicago: Distribooks Inc, 1995.
KING, Anthony. Vercingetorix, Asterix and the Gauls: the use of Gallic national symbols in 19th and 20th century French politics and culture. The Roman Past of Modern Europe, University College London, 1989.
KNAUSS, Paulo. Usos do passado e história do tempo presente: arquivos da repressão e conhecimento histórico. In: VARELLA, F. F.; MOLLO, H. M.; PEREIRA, M. H. F.; MATA, S (Org.). Tempo presente e usos do passado. Editora FGV, 1ª Ed., 2012, p. 143-156.
LE GOFF, Jacques. Rei. In: LE GOFF, Jacques; SCHMITT, Jean-Claude (Coord.). Dicionário Analítico do Ocidente Medieval. Vol. I. Traduzido por Hilário Franco Júnior et alii. São Paulo: Editora Unesp, 2017, p. 441 ‒ 461.
MEILLEURES ventes de livre 2023: BD et romans feel-good au top. GFK, 2023. Disponível em: https://www.gfk.com/fr/press/meilleures-ventes-livres-2023. Acesso em: 07 de abril de 2024.
OLIVIER, Laurent. The second battle of Alesia: The 19th-century investigations at Alise-Sainte-Reine and international recognition of the Gallic period of the late Iron Age. In: FITZPATRICK, A. P.; HASELGROVE, C. (eds.). Julius Caesar’s Battle for Gaul: New Archaeological Perspectives. Oxbow Books, 2019, p. 285-309.
SILVA, Glaydson José da. História antiga e usos do passado: um estudo de apropriações da Antiguidade sob o regime de Vichy (1940-1944). São Paulo: Annablume, Fapesp, 2007.
SIMONAIO, Arthur. Usos do passado: Gália, Hispânia e suas relações; Júlio César e Asterix, o gaulês. 2016. (Dissertação) Mestrado – Universidade Federal de Alfenas. 2016.
VIEIRA, Lucas Ferreira. Análise da Recepção dos Clássicos em Asterix e a (Re)construção do Imaginário da Descendência Gaulesa da França. 2021. (Dissertação) Mestrado – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. 2021.
[1] Doutor em História Cultural pela Universidade Estadual de Campinas. Professor Associado II de História Antiga da Universidade Federal de Pernambuco (renato.pinto@ufpe.br). http://lattes.cnpq.br/7412948164735713.
[2] Graduado em Bacharelado em História pelo Centro Universitário Internacional UNINTER (phpedrosademelo@gmail.com). http://lattes.cnpq.br/3930951930064514.
[3] Vercingetórix foi um nobre arvênio que liderou o levante das tribos gaulesas contra o exército romano de César em 52 AEC, no contexto da Guerra das Gálias, tendo sido capturado após o cerco de Alésia (CUNLIFFE, 2018).
[4] 1066 foi o ano da invasão normanda à Inglaterra, articulada por Guilherme, o Conquistador (LE GOFF, 2017).
[5] Dentre elas, destacamos trecho do De Bello Gallico, obra de Júlio César no contexto da Guerra das Gálias (58 – 52 AEC), onde ao introduzir o leitor ao território e aos povos da região em que se passa a campanha militar, César afirma que a Gália era dividida entre Belgae, Aquitani, e um povo que para os romanos eram Galli, mas que na própria língua se denominavam Celtae (CÉSAR, De Bello Gallico, 1-1).
[6] Tradução nossa: Nos ancêtres les Gaulois
Publicado em 27 de Agosto de 2024.
Como citar: PINTO, Renato; MELO, Pedro Henrique Pedrosa de. Asterix e o Mito Gaulês: o lugar da Gália no imaginário social francês da primeira metade do séc. XX. Blog do POIEMA. Pelotas: 27 ago. 2024. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/poiema/asterix-e-o-mito-gaules-o-lugar-da-galia-no-imaginario-social-frances-da-primeira-metade-do-sec-xx .Acesso em: data em que você acessou o artigo.